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Artigo / Entrevista
Mídia e Justiça

PT intensifica pressão para investigar mídia na CPI

Reproduzido do sítio Jornal valor Econômico - autoria Cristiane Agostine

SÃO PAULO - O PT aumentou a pressão para que a Comissão Parlamentar Mista do Cachoeira investigue os meios de comunicação. O partido reforçou também a campanha pelo lançamento do novo marco regulatório da mídia pelo governo federal.

Ao participar de um debate sobre liberdade de expressão nesta sexta-feira, o secretário nacional de comunicação do PT, deputado federal André Vargas (PR) defendeu que a CPI convoque “todo segmento” da mídia que tenha obtido informações por meio do empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, alvo da investigação parlamentar.

“Tem que convocar todos que tiveram relação com esse criminoso que organizou uma central de grampos no mundo político e produziu, a partir de sua ação criminosa, matérias que tinham único foco de atacar um governo legalmente constituído no país”, afirmou Vargas. “Fica evidente que setores da mídia tinham relações de intimidade, de convivência [com Cachoeira]. Por que não chamar? O escândalo seria não chamar”, declarou o dirigente do PT nesta sexta-feira, em seminário promovido pelo Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação, em São Paulo. Para Vargas, o foco deve ser a revista “Veja”.

Cachoeira é apontado pela Polícia Federal como chefe de uma suposta organização criminosa de exploração de jogos ilegais e acusado de tráfico de influência com agentes públicos e privados.

O dirigente petista defendeu que a CPI do Cachoeira investigue também o mensalão. Vargas disse que o PT tem “direito à verdade”.

Na análise de Vargas, os grandes veículos de comunicação têm uma “fábrica de crise” contra o governo federal e em 2008 e 2009 “chegaram ao limite da irresponsabilidade” ao “potencializar” a crise econômica. “Fizeram campanha para que a crise fosse profunda”, declarou o secretário nacional de comunicação do PT.

Vargas disse ainda que a mídia foi um dos principais responsáveis por impedir mudanças significativas nas regras políticas e eleitorais do país. “Quem detonou a reforma política foi também a mídia, por dar foco ao financiamento público de campanha. Não querem Congresso representativo do conjunto da nação”, afirmou nesta sexta-feira.

O petista defendeu que o governo federal lance em breve consulta pública sobre o novo marco regulatório das comunicações. A proposta foi reforçada também pelos deputados federais Ivan Valente (PSOL-SP) e Luiza Erundina (PSB-SP) e pelo secretário de questões de mídia do PCdoB, Altamiro Borges, que participaram do debate sobre liberdade de expressão.

“Não importa nem quais as perguntas o governo vai apresentar, nem o prazo que vai estabelecer para a consulta pública. O que importa é lançá-la”, comentou Altamiro Borges. “Isso cria um novo ambiente. É um avanço”, disse.

(Cristiane Agostine/ Valor)

Publicado em 8 de Maio de 2012
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