Aliança Internacional de Jornalistas
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Pesquisa Panorama 2013 - TV TEM

ALIANÇA INTERNACIONAL DE JORNALISTAS PANORAMA 2013

Práticas Éticas de Comunicação

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Nome do veículo: TV TEM

Entrevista com Osmar Chor - Diretor de Jornalismo

Formato: mídia televisiva

Periodicidade: diária

Alcance geográfico: 318 cidades do interior do estado de São Paulo

Website: www.tvtem.com

Idioma: Português

Endereço: Av. Engº. Carlos Reinaldo Mendes, 2.700 – Alto da Boa Vista – SOROCABA/SP – CEP 18013-280

Data de fundação: 06/05/2003

Proprietário: J. Hawilla

Diretor Administrativo: Vinícius Garrido

Diretora Geral: Renata Afonso

Diretor da publicação: não informou

Diretor de Jornalismo: Osmar Chor

Ombudsman: Não tem

Status jurídico e acionistas (se houver, incluir outros veículos do grupo): NI

Volume de negócios: Os dados não são públicos

Audiência: variam para cada uma das quatro emissoras do grupo

Total de funcionários: 500

Jornalistas: cerca de 150

Estrutura da programação (total de programas, incluindo os jornalísticos): NI

Unidades de produção: NI

Publicidade: Núcleo TCM

Breve histórico: Criada em 6 de maio de 2003, pelo empresário e jornalista J. Hawilla, hoje transmite a programação da TV Globo nacional e programação própria regional (jornalismo e entretenimento) para 318 cidades do Estado de SP, 49% da área paulista, cerca de 8 milhões de telespectadores. O grupo possui hoje 4 emissoras.

Respeito a textos normativos

1.1. Possui um código interno, manual de redação?

Seguem os princípios editorias das Organizações Globo, que também valem para as emissoras afiliadas, como a TV TEM. Antes da publicação do documento com os princípios da Globo, muitas práticas já existiam fora do papel e já eram adotadas pela emissora. Em caso de dúvidas, consultam a cabeça de rede.

1.2. Possui procedimentos de checagem/verificação do seu cumprimento?

Não há um procedimento estabelecido. Mas os casos são raros e perceptíveis. Quando ocorrem problemas, eles passar por supervisores e gerentes, até à direção geral, se necessário.

Organização deontológica interna

2.1. Mantem um conselho de redatores/jornalistas ?

Não há um conselho de jornalistas, mas o editor chefe, após o término da veiculação do telejornal diário, faz uma análise do produto. A equipe também analisa as edições na reunião de pauta do telejornal seguinte.

2.2. Realiza retorno crítico sobre a produção jornalística?

O que há em termos de avaliação interna já foi citado no item anterior.

2.3. Quais são os sistemas de pesquisa e correção de erros?

A chefia de redação verifica os erros. Se um erro eventualmente é cometido, é corrigido na edição seguinte.

Laços entre publicidade e conteúdo editorial

3.1. Qual a relação entre os valores e princípios inspiradores do veículo e os anúncios publicados?

Redação e publicidade são departamentos independentes. O que é feito - e o veículo não vê problemas éticos nisso - é criar séries especiais de produtos jornalísticos para a emissora, cujo patrocínio é vendido pelo departamento comercial. Por exemplo: um especial sobre o aniversário de 100 anos da cidade. A Prefeitura patrocinou o especial, mas isso não significou a presença do prefeito nas matérias. Se o patrocínio não existir, o jornalismo produz o especial do mesmo jeito. Em outros casos, o departamento comercial pode oferecer alguma pauta para a redação cobrir. Mas o critério é jornalístico.

3.2. Quem arbitra em caso de conflito? De quem é a decisão final sobre a publicidade?

Há um "board" (conselho) com diretores de várias áreas. Situações de conflito são discutidas. A redação não tem poder de veto, mas pode dar sua opinião. As Organizações Globo também impõem regras para os departamentos comerciais das emissoras afiliadas.

3.3. Quais os critérios para apoios e parcerias editoriais?

Qualquer empresa ou organização pode comprar as cotas de patrocínio, que são caracterizadas como comerciais. Isso, no entanto, não restringe a atuação jornalística. No mesmo exemplo do especial sobre o aniversário da cidade, o patrocínio da Prefeitura não fez com que o jornalismo deixasse de tecer críticas à administração local.

3.4. Patrocina eventos externos (sociais, culturais) de entidades ou empresas? Qual o critério para patrociná-los?

Sim, mas estes eventos estão sob responsabilidade de outro departamento: a área de programação, que cuida do institucional da empresa. O vínculo não é financeiro. A emissora divulga o evento em seus intervalos e o ganho é institucional, para que a sociedade enxergue a emissora como apoiadora de algo importante para a comunidade.

Ética profissional

4.1. Qual a regra para convites para viagens?

Só viajam com as despesas pagas pela própria emissora. Como o jornalismo não é setorizado, já recebem poucos convites. Mesmo assim, não aceitam.

4.2. Como são resolvidos os conflitos de interesse com o grupo proprietário do veículo?

J. Ávila (proprietário) pouco influencia no jornalismo. Acompanha os telejornais, mas é quem mais prega a independência da emissora. A orientação é a mesma das Organizações Globo.

4.3. Como é feita a gestão sobre pressões políticas ou econômicas?

A TV não se curva à pressão política ou econômica local. Afirma não fazer nenhum tipo de concessão.

4.4. Qual o tratamento para assuntos do cotidiano?

Tomam todo o cuidado. Em caso de crimes, só mostram os envolvidos se houve flagrante ou confissão. Quando trata-se de um acusado, não identificam ou dão o nome. No caso de crianças, só mostram com autorização dos pais e se não estiver em situação de risco ou ameaça à integridade. Também não fazem matérias sobre suicídios e não expõem as pessoas a situações constrangedoras.

4.5. Quais os critérios para publicação de fotos?

Não se aplica.

4.6. Quais as regras para publicar fotos ou imagens feitas por cidadãos comuns? (fotos de amadores)

Acreditam que, atualmente, não há como não veicular imagens feitas pelos cidadãos, visto que "tudo o que acontece tem alguém filmando". Usam as imagens com crédito de cessão ou, caso o autor queira cobrar e for de interesse jornalístico, pagam e dão o crédito. Tem uma política cuidadosa com imagens veiculadas na internet. Se foram veiculadas em espaços abertos, como o Youtube, consideram a imagem pública. Mas se foi algum vídeo veiculado, por exemplo, na página pessoal de alguém em uma rede social, não veiculam sem consulta ao responsável.

4.7. Qual o estatuto dos blogs de jornalistas fixos ou freelancers?

Não tem blogs hospedados no site da emissora. Recentemente, migraram o conteúdo do jornalismo da TV TEM para o G1 (portal de jornalismo das Organizações Globo) e seguem o formato do portal, que não tem espaço para blogs.

4.8. Em que situações é permitido que o jornalista não se identifique em busca de informação? Considera-se correto que, neste caso, as informações colhidas devam ser publicadas impreterivelmente?

Em situações de risco e em que a identificação do repórter inviabilize a matéria. Entendem que é preciso analisar o custo-benefício do uso da câmera escondida. É uma invasão de privacidade, questionável eticamente. Então, para valer à pena, tem que revelar um flagrante muito grande, que contribua com a sociedade. Não usam para qualquer situação. Por exemplo: usaram para mostrar um médico que havia sido prefeito de uma cidade da região e vendia atestados para professores. Depois de registrar a venda com a câmera escondida, voltaram ao local e confrontaram o médico com a equipe jornalística identificada.

Relacionamento com os leitores

5.1. Há a figura do ombudsman? Qual sua relação com o público?

Não há ombudsman. Há um email "fale conosco", que recebe muitas sugestões e críticas, às vezes construtivas. A partir deste retorno, balizam o trabalho. Não deixam de responder às mensagens. O diretor de jornalismo também tem um perfil no Facebook aberto para receber e responder perguntas dos telespectadores. Anualmente realizam uma pesquisa qualitativa, uma em cada uma das quatro emissoras da empresa. Os telespectadores, divididos em classes sociais, analisam o mercado e os produtos da emissora.

5.2. Há sessão de "carta dos leitores"?

Não.

5.3. Como é feita a gestão dos pedidos de direito de resposta?

Só concedem direito de resposta havendo decisão judicial. Mas praticam o bom senso. Se cometem uma falha, corrigem na próxima edição do telejornal, mesmo que não tenha havido pedido. Mas se alguém questiona a emissora num determinado caso e a redação entende que agiu corretamente, não concedem o direito de resposta.

5.4. A redação é aberta a visitas? Organiza conferências?

Havendo demanda, recebem visitas. Há um programa de visita guiada em toda a emissora - não apenas no jornalismo. É raro, mas também recebem convites de faculdades para dar palestras. Antes tinham um programa que levava especialistas para conversar com a redação, chamado "Encontro com a Fonte", mas sua frequência foi bastante reduzida.

5.5. Há encontros organizados entre leitores e a redação?

Não.

5.6. As informações de contato de jornalistas são públicas? Estão no jornal ou no site?

Não divulgam os contatos dos jornalistas, mas se alguém liga na redação procurando alguém, é atendido pela pessoa; não são inacessíveis. Entendem que a TV é composta de pessoas normais. O profissional de vídeo é orientado a não cometer atos de ignorância na rua. São consideradas pessoas públicas, que carregam o nome da TV.

5.7. Como é feita a administração dos blogs de jornalistas e fóruns na internet?

Não há.

Meio ambiente e ecologia

6.1. Quais os cuidados da gráfica/processo de impressão com a questão ambiental?

Não há gráfica.

6.2. Infraestrutura e logística adotam práticas de economia de energia/ uso de energia renovável?

Anualmente realizam campanhas de boas práticas. Em 2011, o tema foi sustentabilidade. Fizeram cartazes com papel reciclado, divulgaram dicas de economia para os funcionários e fizeram campanha pela economia de luz e energia e para o descarte de lâmpadas e pilhas. Na redação, utilizam papel reciclado ou certificado. Fizeram chamadas especiais sobre o tema na TV, que também entrou na pauta do jornalismo.

6.3. A escolha dos fornecedores considera critérios sustentáveis?

Não especificamente.

6.4. Há uma gestão sustentável dos equipamentos?

Sim. São equipamentos bem específicos e duráveis. Não trocam com frequência.

Apoio ao desenvolvimento

7.1. Desenvolve iniciativas de apoio à educação para a mídia?

Não, mas durante as visitas guiadas, explicam como funciona a atividade jornalística. Não tem demanda para levar este debate até as escolas.

7.2. Apoia/promove boas práticas junto a outras mídias em países em desenvolvimento?

Não.

Práticas sociais para além das obrigações legais

8.1. Incentiva a formação continuada dos profissionais?

Partem do princípio que a formação do profissional é individual. Não pagam cursos ou pós-graduação, porque entendem que, quando o jornalista sai da empresa, não deixa este conhecimento lá; leva consigo. Investem, no entanto, em treinamentos para o uso de equipamentos específicos e apoiam a participação dos jornalistas em seminários que tenha a ver com o trabalho específico que ele desenvolve na empresa. Para os apresentadores, fornecem consultoria de moda, maquiagem e fonoaudiologia.

8.2. Há transparência no balanço financeiro? E sobre a política de remuneração da equipe?

Acredito que sim. A política de remuneração é sigilosa.

8.3. Financiam centros de formação em jornalismo?

Não.

Responsabilidade social empresarial

9.1. Quais as considerações do veículo sobre responsabilidade social empresarial?

É um tema frequente na pauta da emissora. Mas o foco é em matérias de utilidade pública; pautas edificantes que tenham responsabilidade social envolvida.

Publicado em 11 de Agosto de 2014
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